quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Você é o que come.


Eu conheci um cara do Rio de Janeiro chamado Pedro na última viagem que fiz, ele era engraçado, apareceu do nada e ficou amigo de todo mundo! sumiu do mesmo modo que havia surgido mas antes de tudo nós dividimos momentos legais no alojamento do congresso em que estávamos. Era bom conversar com alguém que compartilhava delírios e entendia o que era olhar o mundo de maneira crítica e real (as vezes até meio chata e cansada), ele me disse uma coisa que reviveu velhas questões, sabe aquele papo sobre bobo sobre referencial? ...Aquele lance todo sobre como nossas referências e experiências ditam nossos atos, seja lá o que chegue até mim tudo causará influência. "Você é o que você come" é mais ou menos assim. Pedro pensava diferente (talvez fosse culpa dos doces ou de tanto exagerar nos "anti-inflamatórios naturais", que aprendi na marra que não funcionam tão bem pro corpo como funcionam na mente) o que era comum para crianças prodígio que se dão bem em tudo que fazem e são consideradas gênios, forçadas a atenderem espectativas aos quatro cantos. Todo esse rodeio somado aos pequenos porres da vida (gosto de chamá-los de "soco de realidade") fizeram do meu mais novo companheiro de copo um cara profundamente triste, não infeliz e nem pessimista muito pelo contrário, ele era simplesmente triste! assim como todos que crescem e mudam a forma de digerir o mundo se tornam, ou isso ou continuam vivendo normalmente. Tudo bem a tristeza não era tanta mas foi suficiente para fazer ele largar tudo e começar por um caminho diferente que nem mesmo o próprio sabia ao certo.

Voltando ao que interessa (ponto para minha capacidade de mudar de assunto!) foi dentro dessa coisa toda que a conversa começou e Pedro foi me mostrando como nós homens somos guiados pelo simples acaso do destino, nós pensamos estar escolhendo uma coisa pq é aquilo que realmente queremos, pq é aquilo que "eu" gosto. Grande ilusão! Nossa mente faz escolhas e não nós mesmos, tudo pq não temos controle sobre isso, se nós fomos educados (condicionados) a não gostar de verde não vamos gostar de verde e isso tudo parece embutido em nossas cabeças de um jeito assustador. A verdade é que as palavras se espalham como cartas em jogos de azar ,impulsos que nos movem e nos fazem acreditar que temos controle sobre alguma coisa e nisso o baralho se mistura e as frases se formam de um jeito naturalmente estranho e assustador que nos faz "bonecos" e são capazes de enlouquecer o mais puro dos homens e deixá-lo a ponto de desitir de tudo. O jovem carioca ainda estava longe desse "tudo" mas concerteza dpois dessa conversa eu fiquei mais próximo do meu. Uma vez eu li um poeta que dizia "Feliz aquele que não recebeu a terrível notícia" ...acho que na verdade ele quis dizer "Feliz aquele que não percebeu a terrível notícia"

A imagem lá de cima foi um desenho que fiz na aula da faculdade ontem a noite e resolvi vetorizar pra ver como ficava.

Ouvindo: "R.sigma - Permaneça flexível"

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